São Fulgêncio nasceu no ano 467, numa nobre família romana estabelecida na cidade de Cartago. Era um excelente administrador e demonstrou essa qualidade, quando cuidou com muito sucesso do rico patrimônio do pai, ao exercer a função de procurador de impostos da província. Dono de uma vasta cultura teológica e humanística, era grande admirador de Santo Agostinho e, desde que leu os comentários desse santo sobre o salmo 36, decidiu orientar sua vida no caminho da austeridade e da ascese cristã. Decidido a ir ao encontro dos monges egípcios, chegou a tomar um navio, mas este ancorou em Siracusa. Ordenou-se sacerdote e pouco depois recebeu a notícia de que estava entre os candidatos ao episcopado. Nessa ocasião o rei visigodo, Transmundo, que era adepto da heresia conhecida como arianismo, proibiu a eleição de novos bispos católicos. Entretanto os bispos de Bizacena, que era uma província romana na África, resolveram opor-se a essa ordem e, entre os candidatos ao episcopado, apresentaram o nome de Fulgêncio, que já havia se revelado, por todos os motivos, apto para o cargo. Não querendo ser sagrado bispo, Fulgêncio fugiu para um lugar afastado e só retornou, quando soube que todas as dioceses haviam sido preenchidas. Mas havia ainda uma sede vacante, e ele foi imediatamente nomeado bispo da pequena cidade de Ruspe. Irritado com a desobediência, Transmundo exilou Fulgêncio e mais 58 bispos para a Sardenha, onde ele organizou uma intensa atividade apostólica. O próprio Transmundo que gostava de aparecer como teólogo, escrevia-lhe, pedindo-lhe opiniões sobre questões difíceis e dando oportunidade a São Fulgêncio de redigir alguns tratados teológicos que ficaram célebres. Quando Transmundo morreu, em 523, Fulgêncio voltou e por nove anos dirigiu sua diocese, como pai amoroso e pastor dedicado. Construiu um mosteiro junto à catedral onde vivia pobremente, dedicando-se aos trabalhos manuais, à oração com a comunidade e distribuindo com os pobres todo dinheiro que recebia. São Fulgêncio morreu no dia primeiro de janeiro de 532, aos 65 anos de idade, rodeado pelos seus sacerdotes, depois de haver distribuído com os pobre todos os seus bens. Hoje aprendemos com São Fulgêncio que mais importante que sermos bons administradores das coisas temporais, é sermos capazes de usar nossas capacidades para administrar e multiplicar os dons que Deus colocou em nossas mãos, inclusive o dom da misericórdia, do perdão e da justiça, tão raros em nosso tempo. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
30 DE DEZEMBRO |
SÃO FULGÊNCIO |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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