Santa Joana Francisca de Chantal nasceu na França em 1572. De família distinta e fina educação, casou-se com o Barão de Chantal. Mulher de oração, participava diariamente da missa que era celebrada na capela do palácio, ao lado das pessoas que nele viviam e trabalhavam, porém aos domingos preferia participar da celebração na paróquia, com a comunidade.  Ocupava-se pessoalmente da educação religiosa de seus empregados e discretamente ajudava-os em suas necessidades. Esposa dedicada, quando o marido adoeceu gravemente, ela passava os dias à cabeceira de sua cama, e as noites, em oração na capela. O marido curou-se, mas pouco tempo depois faleceu, após ter sido acidentalmente ferido numa caçada. A jovem baronesa, viúva aos 28 anos de idade, passou então a viver longe do ruído da Corte,  dividindo seu tempo entre a oração, o trabalho e a educação dos filhos. Em 1604 ela conheceu São Francisco de Sales, que era bispo de Genebra, e o tomou como seu orientador espiritual. Essa amizade deu um belo fruto: a Congregação da Visitação de Santa Maria, Ordem que Joana fundou com mais duas companheiras. Nove anos após a morte do marido, certa que a família já não precisava mais dela, resolveu entrar para o convento, entregando o jovem Barão de Chantal, então com 15 anos de idade, aos cuidados do  avô materno, para que este o orientasse  e administrasse seus bens. Joana foi uma pessoa extremamente provada pela morte. De 1617 a 1627, no espaço de apenas  dez anos, ela viu morrer um genro,  uma filha, seu pai espiritual, Francisco de Sales, e  um filho, na luta contra os huguenotes. Quatro anos depois dessas mortes, morreram uma nora e um genro. Ela entretanto continuava firme na fé e não cessava de trabalhar na expansão da Congregação recém-fundada Joana Francisca morreu em Moulins, no dia 13 de dezembro, após grande agonia, e depois de  haver recebido a Eucaristia e feito as últimas recomendações às suas religiosas. Morreu, pronunciando o nome de Jesus. Na ocasião a Ordem da Visitação já possuía 86 conventos.

Hoje, nesse mundo onde a família está virando artigo supérfluo, Santa Joana Francisca de Chantal que amou e cuidou de sua família, mas nela não se fechou, abrindo-se para as necessidades materiais, emocionais e espirituais de outros lares, nos faz um convite:  valorizar a família,  ajudá-la a tornar-se menos vulnerável  aos apelos e perigos que a enfraquecem  e até a destroem,   vez que seu fortalecimento  repercute favoravelmente não somente na vida da Igreja, mas também no conjunto da vida da sociedade.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

10 DE DEZEMBRO

SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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