Hoje a Igreja celebra a festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. No Oriente essa festa começou a ser celebrada no século VII e no Ocidente, a partir do século IX. A crença de que Maria havia sido concebida sem pecado, já povoava a mente e o coração do povo, desde os primórdios do cristianismo. Essa crença foi aos poucos se espalhando, foi-se firmando na Igreja ocidental, na Igreja oriental, cismática, ortodoxa e católica. Era tão forte que até entre os hereges se encontravam vestígios dela. No século X, por exemplo, um escritor armênio se referiu a Maria como “a primeira filha sem culpa de uma mulher culpada”. No século XIII, um herege nestoriano, isto é, adepto da heresia que afirmava que em Jesus havia duas naturezas, a divina e a humana, mas que Maria era mãe somente da pessoa humana de Jesus, assim escreveu sobre ela: “Quem pode pensar sem entusiasmo naquela virgem pura, santificada no momento mesmo de sua conceição?" A crença da imaculada conceição de Maria estendeu-se de tal modo, tanto entre as pessoas simples, como entre os intelectuais, que no final do século XVI, seis mil escritores a ela se referiram. Aos poucos a Igreja foi compreendendo e assimilando essa verdade, incluindo-a em 1476 no calendário romano. Em 1708 o Papa Clemente XI decretou a festa obrigatória em todo o mundo cristão. Finalmente no dia oito de dezembro de 1854 o Papa Pio IX, proclamou como verdade de fé aquilo que o povo já afirmava e esperou séculos para ver definido: o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Nossa Senhora da Conceição é a padroeira do Estado da Bahia. O dogma da Imaculada Conceição de Maria é tão simples e ao mesmo tempo tão lógico para os que têm fé, que antes de ser dogma, foi verdade no meio do povo. É claro que Maria, sendo humana, também precisava ser redimida por Jesus Cristo. Só que, diferentemente do restante da humanidade, ela experimentou, por antecipação, o fruto da ação redentora do Filho de Deus que viria ao mundo para salvá-lo. Hoje agradecemos a Jesus que no-la deu por mãe, e a Maria pelo “sim” que, em seu nome e no nosso, ela deu a Deus, quando respondeu ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo sua Palavra”. Peçamos à Imaculada Conceição que, assim como ela deu a Jesus um coração de carne, capaz de amar e sofrer por nós, nos dê também um coração amável e sensível, capaz de se comover e de se solidarizar com a dor do irmão. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
08 DE DEZEMBRO |
IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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