Santa Catarina de Alexandria nasceu em Alexandria, no Egito, e foi uma das mártires mais célebres dos primeiros tempos do cristianismo. Filha de Costes, rei de Alexandria, era, aos 17 anos de idade, considerada a mais bonita, a mais bela, a mais culta e a mais virtuosa moça de todo o império. Viveu no tempo da cruel perseguição de Diocleciano aos cristãos. No Egito, a perseguição alcançou tal nível de crueldade que até os pagãos se compadeciam dos cristãos e procuravam ajudá-los. Santa Catarina foi instruída na fé cristã, por um ermitão de nome Ananias que a batizou. Ela começou a sofrer na própria pele a perseguição, quando Maximino Daia, encantado por sua beleza, apaixonou-se e divorciou-se para se casar com ela, mas foi rejeitado. Inconformado, o imperador convocou 50 filósofos para convencerem Catarina de que jamais poderia ser Deus um homem que havia morrido crucificado. Entretanto Catarina, fazendo uso de sua inteligência, de seus conhecimentos filosóficos e sobretudo amparada na sua fé e iluminada pelo Espírito, reverteu a situação e terminou por convencer e converter ao cristianismo os 50 filósofos. Irritado, sentindo-se derrotado, Maximino mandou trucidar os 50 sábios e, sem conseguir submeter Catarina a seus caprichos, condenou-a a morrer triturada, sob um carro com rodas com pontas de ferro. Conta a lenda que ao contato com o corpo de Catarina, as pontas de ferro dobravam, como se fossem vime. Foi então levada para fora da cidade para ser degolada. Segundo ainda outra lenda, quando lhe cortaram a cabeça, em vez de sangue, jorrou leite. Por causa desses fatos, ela passou a ser invocada por todos os que trabalham com rodas, como carpinteiros, torneiros, amoladores, curtidores e também pelas mães que desejam ter leite para amamentar seus filhos. É também invocada pelos filósofos e estudantes. Sua festa foi incluída no calendário, no século XIV pelo Papa João XXII. Hoje vivemos num mundo que elevou a academia de ginástica ao “status” de templo, idolatra a beleza física, menospreza e despreza os mais simples e pobres, mas que servilmente se curva ante os que têm riqueza, poder e saber. A esse mundo, Santa Catarina de Alexandria lembra que por mais beleza, poder, saber e riqueza que possuamos, não existe maior prova de inteligência que amar a Cristo, não há prova de maior sabedoria que aderir ao seu projeto, não há maior riqueza que se despojar de tudo e partilhar com o irmão, por fidelidade e por amor à causa do Reino de Deus. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
25 DE NOVEMBRO |
SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
SANTO DO DIA (voltar) |