A Igreja celebra hoje a memória de Santo André Dung-lac e seus companheiros mártires. André nasceu no Vietnã, foi inicialmente catequista e depois foi ordenado sacerdote. Nos séculos XVIII e XIX, a Igreja Católica sofreu muitas perseguições e humilhações em virtude da grande propaganda disseminada contra os presbíteros, por muitos modernistas e liberais, e também pela dificuldade de estabelecer-se um diálogo com as igrejas protestantes, que estavam em franco desenvolvimento. Nesses séculos foram muitos os mártires em todos os continentes. Na Ásia, continente rico em tradições, a tarefa dos missionários cristãos tornou-se particularmente difícil, porque as religiões e culturas pré-cristãs encontravam-se enraizadas no meio do povo e porque as autoridades locais identificavam a religião pregada com o governo do país dos missionários. No Vietnã, muitos missionários católicos marcaram presença e sofreram o martírio. Embora as mortes tenham acontecido em datas diferentes, a Igreja os reuniu para celebrá-los num só dia, 24 de novembro. André Dung-lac era vietnamita. Os outros eram oriundos de vários países, como Espanha, França e do próprio Vietnã, e havia entre eles bispos, sacerdotes, seminaristas e leigos, estes últimos pertencentes a diversas classes e exercendo profissões distintas: catequistas, militares, pais de família, médicos, agricultores, pescadores etc.. André Dung-lac, exemplo incontestável de espírito missionário e fidelidade a Jesus Cristo, não cedeu às torturas e foi cruelmente martirizado, juntamente com seus companheiros mártires os quais animou até o fim. Morreram em 1839. O sangue dos mártires frutificou em terras vietnamitas, e embora na Ásia o cristianismo não chegue a dois por cento da população, os missionários católicos, motivados pelo exemplo de Santo André e de seus companheiros, não desistem de levar o nome de Jesus àquele continente. Hoje aprendemos com Santo André Dung-lac e seus companheiros mártires, que é missão da Igreja levar o evangelho de Jesus a todos os lugares do mundo, inclusive aos mais distantes e até onde as tradições milenares estão arraigadas no meio do povo. Mas para isso, a Igreja carece de missionários corajosos que não se intimidem diante das perseguições e humilhações, que estejam abertos ao diálogo e sejam capazes de entender que as sementes do Verbo e os valores do Reino encontram-se presentes nas mais diversas tradições e culturas. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
24 DE NOVEMBRO |
SANTO ANDRÉ DUNG-LAC |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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