Santa Isabel da Hungria nasceu em 1207, filha de Gertrudes de Merânia e do rei húngaro André II. Aos 14 anos casou-se com Luís, filho e herdeiro do duque da Turíngia, seis anos mais velho do que ela. O marido, um eterno enamorado de Isabel, tomou como divisa três palavras que exprimiam concretamente o programa de sua vida pública: “Piedade, Pureza e Justiça”. Isabel foi muito feliz no casamento, apesar das perseguições e incompreensões que sofreu. Vítima dos ciúmes da sogra, mostrava-se de uma caridade e uma generosidade insuperáveis para com ela. Foi também perseguida pela Corte que não compreendia e não aceitava seu desapego das coisas materiais, sua simplicidade evangélica e sua misericórdia para com os mais necessitados. Sofreu críticas impiedosas por se haver privado de tudo para construir, em Hamburgo, um hospital dedicado a São Francisco. Quando criticada, porque recusava viver coberta de jóias, respondia: “Como poderia usar uma coroa tão preciosa, diante de um rei coroado de espinhos?”. Teve três filhos, o último aos 17 anos de idade, exatamente três semanas depois da morte do marido, ocorrida durante uma Cruzada. Após a morte do esposo, as perseguições recrudesceram e ela saiu do palácio com todos os filhos, o mais novo ainda de colo, indo abrigar-se num curral de porcos. Com medo de desagradar o regente do trono, ninguém a acolheu, nem mesmo aqueles aos quais ela ajudou. Foi socorrida pelos frades franciscanos, e amparada por seu tio, o bispo de Bamberga. Quando os companheiros de armas do rei regressaram da Cruzada e se preparavam para defender Isabel, a pedido do falecido rei, o regente do trono mudou de atitude, chamou Isabel para a corte e reconheceu os direitos de seus filhos. Em 1227 ela realizou o grande ideal de sua vida, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco. Em 1229 fundou um convento franciscano. Morreu no dia 19 de novembro de 1231, com apenas 24 anos de idade. O mundo de hoje não difere muito do mundo de Santa Isabel da Hungria, uma vez que o poder continua inebriando as pessoas, o perdão continua sendo sinal de fraqueza, e as relações familiares continuam frágeis e inseguras. Mas é a nós que vivemos nesse mundo que Santa Isabel da Hungria, exemplo de esposa apaixonada, mãe extremada, rainha generosa e atenta às reais necessidades do povo, convida a construir uma nova história de perdão, de vida e abundância para todos. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
17 DE NOVEMBRO |
SANTA ISABEL DA HUNGRIA |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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