Daniel Comboni nasceu no dia 15 de março de 1831, em Limone, Itália. Aos dez anos manifestou o desejo de ser padre e foi para Verona a fim de estudar no instituto dirigido por Nicolau Mazza, um velho e bondoso sacerdote que dedicava sua vida à formação de jovens pobres. A paixão pela África começou aos 18 anos, a partir de relatos ouvidos do Padre Ângelo Vinco sobre aquele continente. Aos 23 anos foi ordenado sacerdote e aos 26 pediu para integrar um grupo de seis missionários que iam para a África. Mas as evidências de fracassos anteriores em terras africanas, levou Roma a decidir que só seriam permitidas mais duas tentativas. Dos seis missionários enviados numa dessas duas expedições, três morreram e dois ficaram seriamente doentes. Um deles era Daniel. Entretanto as palavras do coordenador da expedição: “Não larguem a obra iniciada” encontraram eco em seu coração, e ele jurou jamais deixar morrer a obra missionária. “África ou morte”, passou a ser o lema de sua vida. Mas como salvar, como levar vida à África? A resistência de Roma em enviar recursos e missionários, e as dificuldades de adaptação dos missionários ao clima africano, eram alguns dos problemas a serem enfrentados. Mas Daniel não desistiu. Retornou à Europa e elaborou um manuscrito intitulado “Plano para a regeneração da África”. Despertou simpatias, angariou recursos para seu projeto e convenceu Roma a manter abertas as portas para a África. Uma Igreja com rosto próprio africano era o sonho de Daniel! Ele voltou à África, abriu colégios para homens e mulheres, decidido a formar apóstolos africanos para a África. Após algum tempo teve a alegria de ver ordenado o primeiro padre africano, e em 1877 o Papa o nomeou bispo de toda a África Central. Impulsionado pelo respeito aos direitos humanos e cristãos, mas sobretudo por um grande amor pelos africanos, Daniel entregou sua vida à causa da libertação dos escravos e à luta pela superação de séculos de dominação e desprezo pela África. Consumido pelo trabalho e doente, Daniel morreu no Sudão, no dia 10 de outubro de 1881, cercado por seus missionários. Foi canonizado no dia cinco de outbro de 2003. Hoje Daniel Comboni nos convida a acolher os dons das diferentes tradições religiosas e culturais, a respeitar e a valorizar não somente os povos africanos, mas todos aqueles cujas tradições religiosas e culturais não são iguais às nossas e, a vê-los como povos ricos de Deus, porque comprometidos com a vida e a fraternidade. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
10 DE OUTUBRO |
SÃO DANIEL COMBONI |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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