SANTO DO DIA (voltar) |
Embora o nome Egídio seja muito querido e conhecido na Ordem Franciscana, vez que muitos bem-aventurados franciscanos escolheram esse nome ao fazerem seus votos, o santo Egídio que celebramos hoje não é franciscano. Trata-se de um abade que viveu, embora em época que permanece incerta, muitos anos antes de São Francisco. Enquanto alguns historiadores o colocam no século VI e o identificam com o Egídio mandado a Roma por São Cesário de Arles, outros o situam um século e meio mais tarde, e dão sua morte como tendo ocorrida entre os anos 720 e 740. Entretanto o mais provável é que ele tenha vivido no século X, já que é dessa época que datam os escritos sobre sua vida. O culto a Santo Egídio, também chamado de São Gil, é muito popular na França, Bélgica e Holanda. Entre as histórias que cercam sua vida, uma das que mais contribuíram para sua popularidade, é a que fala de uma corça enviada por Deus para lhe levar alimento. Diz a lenda que ele viveu como eremita, muitos anos num bosque, totalmente distante do convívio humano, rezando e contemplando a natureza, sendo alimentado por uma corça que lhe fornecia leite todos os dias. Certa vez, fugindo da perseguição do rei que, com sua comitiva, caçava na região, o animal procurou abrigo junto ao eremita. No momento de atirar a flecha, o rei não percebeu que a corça amedrontada havia se colocado aos pés de Santo Egídio e, na ânsia de atingir o animal, o rei terminou ferindo-o, ainda que levemente. Desse episódio surgiu uma grande amizade entre Egídio e o rei que, para de certo modo reparar o mal involuntariamente causado, deu-lhe de presente o sítio onde ele se abrigava. Essa doação foi o ponto de partida para a construção de uma grande abadia e de uma comunidade de monges dos quais Santo Egídio se tornou o abade. Seu túmulo encontra-se hoje numa abadia, na região de Nimes. Santo Egídio é invocado contra a convulsão provocada pela febre, contra o medo e a loucura. Para esse nosso mundo orgulhoso e autosuficiente, onde o nome de família e a conta bancária valem muito e onde as pessoas se sentem humilhadas por dependerem das outras, Santo Egídio, um homem simples cujos dados biográficos se perderam no tempo e que dependeu de uma corça para sobreviver, nos sugere duas reflexões: A primeira é que nós nos tornamos cada vez mais pessoa na medida em que aceitamos nossa dependência de Deus e dos irmãos. A segunda é que para Deus não importam nossos currículos, nosso nome de família, nosso dinheiro, mas nosso amor, nossa adesão ao seu projeto. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
01 DE SETEMBRO |
SANTO EGÍDIO |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |