O culto a Santa Regina  é muito antigo e sua festa remonta aos tempos mais remotos do cristianismo. Sua morte está registrada no Martirológio Jeronimiano do seguinte modo: “No território da cidade eduana, em Alísia, morte de Santa Regina, mártir”. Esse escrito supõe, naturalmente, um culto à Santa, em Alísia, provavelmente antes do ano 628. Mas o que realmente prova o período em que ela viveu e a data em que morreu, é o  testamento do fundador da Abadia beneditina de Flavigny, perto de Alísia. Esse testamento indica  claramente que, por volta do ano 750 a santa tinha uma basílica em sua honra onde estavam depositadas suas relíquias. Também o  martirológio romano diz o seguinte: “no dia sete de setembro,  em Alísia, no território de Autum, Santa Regina, virgem e mártir,  sob o procônsul Olíbrio sofreu os suplícios do cárcere e outros. Por fim, foi degolada e voou para junto do esposo”.  Segundo documentos datados do século IX, o corpo de  Regina ficou durante algum tempo  no local onde tinha  sido sacrificado, perto de Alísia e depois levado para a cidade e colocado num túmulo de pedra, sobre o qual foi edificada uma basílica que posteriormente  se transformou num local de oração e peregrinação.  Mais tarde foi construído perto da basílica um mosteiro e uma igreja paroquial.

 Hoje todos nós, brasileiros e brasileiras  lembramos com desfiles, discursos e festas, os acontecimentos do dia sete de setembro de 1822, quando Dom Pedro I, às margens do riacho Ipiranga, declarou o Brasil independente de Portugal.

Hoje, dia em que  o Brasil  comemora o grito de “Independência ou Morte” dado por D. Pedro I,  e a Igreja celebra a memória de Santa Regina,  que sofreu o martírio porque não temeu a intolerância religiosa dos governantes de seu tempo e permaneceu fiel a seu projeto de vida, somos motivados a questionar “nossa independência” e refletir sobre nosso projeto de vida. É independente um  país cujo povo vive condenado ao desemprego, à fome, à falta de  casa para morar, de escola para estudar, de terra para plantar, de saúde para viver? Satisfaz-nos esse projeto de vida que não é humano e muito menos cristão? Hoje, sete de setembro,   a CNBB convida cada um de nós a participar do “Grito dos Excluídos”, a sair às ruas  para, a exemplo de Santa Regina, que não teve medo de dizer em quem e em que acreditava, denunciar a corrupção, o preconceito e a injustiça e  clamar por uma sociedade mais amável, mais  humana , mais de acordo com o projeto de Deus.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

07 DE JANEIRO

SANTA REGINA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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