Hoje celebramos o martírio de São João Batista, aquele que foi chamado por Jesus de “o maior profeta da antiga lei”. Essa festa teve início no século V na França e no século VI em Roma, e está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no seu suposto túmulo. Os acontecimentos da vida desse grande profeta estão narrados nos Evangelhos e, em especial, no de São Lucas, que escreve sobre seu nascimento e sua pregação. No evangelho de São Marcos há referências sobre sua morte. Através dos Evangelhos e da Tradição da Igreja, os fatos referentes à vida de João Batista puderam ser facilmente reconstituídos. Ele levou uma vida austera, provavelmente na comunidade dos essênios. Começou sua missão, pregando a conversão de coração, mudança radical de vida e batismo de penitência, como uma forma de preparar os caminhos para a chegada do Messias, ansiosamente esperado por todo o povo de Israel. Sua pregação atingia a todos e a todas as classes sociais. Ao próprio Herodes Antipas que vivia em adultério com Herodíades, João censurou com franqueza e coragem: “Não te é lícito viver com a mulher de teu irmão”. O povo recebeu sua mensagem com entusiasmo, mas os fariseus, cuja hipocrisia João reprovava abertamente, não gostaram. E Herodes, embora atraído pela personalidade de João, não via a hora de livrar-se dele. Não o fazia para não desagradar o povo que tinha verdadeira veneração por João. Um dia, porém, quando comemorava seu aniversário, e após uma dança oriental, magistralmente executada por Salomé, filha de Herodíades, Herodes prometeu à jovem dançarina dar-lhe tudo que pedisse, ainda que fosse metade de seu reino. Instigada pela mãe que odiava João, Salomé pediu a cabeça de João Batista. Herodes apavorou-se com o pedido, mas como não podia voltar atrás numa promessa feita publicamente, mandou decapitar o santo e entregou a Salomé, num prato, a cabeça de João. Hoje também, os que têm coragem de denunciar as situações de pecado e injustiça reinantes nas cortes desse nosso tempo, estão pagando muito caro por essa coragem. Ou são afastados de seus cargos, ou discriminados, ou sumariamente eliminados, contanto que não questionem e incomodem o estilo licencioso e pecaminoso dessa nossa sociedade. Mas hoje também João Batista quer ser exemplo de coragem para todos os que estão sinceramente empenhados em consertar os caminhos tortuosos e aplainar, com a espada da justiça, as estradas que conduzem à verdadeira paz.
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ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
29 DE AGOSTO |
MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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