São Roque nasceu em Montpelier, França, no começo do século XIV.  Aos 20 anos de idade ficou órfão de pai e mãe. Distribuiu parte de sua herança com os  pobres, a outra parte entregou aos cuidados de um tio, deixou o palacete no qual havia nascido e partiu em peregrinação para Roma, com a intenção de visitar os túmulos dos apóstolos. Para   chegar a Roma percorreu um longo caminho, parando nos lugares onde grassavam as  epidemias, cuidando dos doentes, carregando-os nos ombros, confortando-os e ajudando-os  em suas necessidades, sem o menor sinal  de nojo, mas ao contrário, com muito carinho. Em Roma viveu durante bastante tempo, até o dia em que  resolveu voltar à França para liquidar e dar uma destinação final a  seus bens. Na viagem foi atacado pela peste e para não dar trabalho a ninguém, escondeu-se num bosque onde, segundo uma lenda,  teria morrido de fome, se um cão não viesse toda  manhã lamber-lhe as feridas  e trazer-lhe um pedaço de pão tirado da mesa de seu dono.  Certo dia, o dono do cão, intrigado com o animal que roubava com tanta regularidade um pedaço de pão, seguiu-o  até a floresta onde encontrou Roque. Travou amizade com ele e ajudou-o a recuperar-se. Curado, Roque prosseguiu a viagem para Montpelier que se encontrava mergulhada numa guerra civil. Foi, contudo, tomado por espião por um dos revoltosos que o conduziu  à presença  do governador, que era seu próprio tio, mas que não o reconheceu, tanto ele havia mudado.  Roque não se deu a conhecer  e foi mandado para a prisão. Ali, esquecido e desprezado por todos, veio a falecer cinco anos depois. Segundo a tradição popular, sua avó o identificou depois de morto, por causa de um sinal de nascença,  cor de vinho e em forma de cruz, que ele tinha no peito. Sofrendo  de uma ferida numa perna, e tendo como companheiro constante um cão fiel, São Roque é retratado tendo ao lado, esse cão, seu amigo. Sua devoção espalhou-se sobretudo a partir das grandes epidemias que aconteceram no século XVII.

  Hoje São Roque que não hesitou em abrir mão das mordomias que sua posição e fortuna podiam lhe proporcionar para ir ao encontro dos doentes, deserdados e excluídos de seu tempo, nos lembra que nós também precisamos sair. Sair de nós mesmos para ir ao encontro dos que estão sofrendo nas estradas da vida, sair   de nosso comodismo para  socorrer os  que estão sendo abatidos  pela mais cruel  de todas as pestes, que é a peste do desamor e da injustiça.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

16 DE AGOSTO

SÃO ROQUE

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

SANTO DO DIA (voltar)