São João Maria Vianney, conhecido como  o Cura d’Ars, nasceu em Dardilly, França,  no ano 1786. Era um humilde camponês e tão pobre de inteligência que sequer percebeu a gravidade de seu gesto ao desertar do exército napoleônico, porque não conseguia acertar o passo e acompanhar a marcha do batalhão. Entrou para o seminário e, como também não acompanhou os passos dos colegas, no fim de dois anos foi dispensado. Entretanto, tanto quanto era pobre de inteligência, era rico do Espírito de Deus e um modelo de piedade. Perseverante, retornou ao Seminário e aos 30 anos de idade foi ordenado. Não lhe concederam, contudo, autorização para confessar, pois o consideravam incapaz de orientar as  consciências. Foi inicialmente  nomeado coadjutor do Padre Balley, um dos poucos que conseguia perceber  sinais claros de santidade naquele humilde padre. Após três anos, com a morte do Padre Balley, ele foi nomeado pároco de Ars, uma aldeia de apenas 230 habitantes que viviam em casas simples, mas onde as práticas religiosas haviam sido praticamente abolidas.  A severidade com que condenava aquilo que ia de encontro à fé cristã, era compensada por uma enorme generosidade. Possuía apenas a batina que usava, privava-se de sapatos e meias para dar aos mais necessitados e até as calças ele as trocava com os mendigos, se as suas estivessem em melhores condições  que as deles. Não era um orador eloqüente,   mas suas pregações eram firmes e equilibradas. Quando recebeu autorização para confessar, passava horas a fio, atendendo confissões. No confessionário, era de tal modo iluminado pelo Espírito Santo que até parecia saber   o que se passava nos corações das pessoas, muito além do que elas pudessem dizer ou se acusar. Sua fama foi se espalhando, e de toda a França vinham pessoas lhe pedir conselhos e orientações, mas nem isso o fez perder a humildade e simplicidade da infância.  São João Maria Vianney morreu no dia quatro  de agosto de 1858 e foi canonizado em 1925. É o patrono dos padres.

 Vivemos num mundo onde as  pessoas simples são desprezadas, os intelectuais são enaltecidos e os ricos são  reverenciados. Hoje o santo Cura d’Ars nos ajuda a lançar um novo olhar para a realidade do mundo e entender  que o  Reino de Deus  não está nas mãos dos ricos e poderosos, mas dos simples e humildes como ele. O Reino é fruto da ação  perseverante de corações generosos,  dispostos a partilhar  seu tempo, seus bens, seus dons, sua vida, com todos, especialmente com os pobres,  que são  os preferidos de Deus.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

04 DE AGOSTO

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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