Santa Maria Maior é a grande igreja mariana de Roma e chamada Maior em virtude de sua antigüidade e dignidade. Segundo uma lenda medieval, na noite do dia cinco de agosto de 352, Nossa Senhora apareceu em sonho ao Papa Libério e a um rico patrício romano, pedindo-lhes para construírem uma igreja no local a ser indicado pela presença de neve, fenômeno humanamente improvável em Roma, no mês de agosto, em pleno verão. Entretanto no dia seguinte, seis de agosto, para surpresa do povo, o monte Esquilino onde antes havia existido um templo pagão, amanheceu coberto por uma camada de neve, confirmando assim os sonhos. O Papa e o rico patrício deram então início à obra de construção do grande santuário mariano que terminou no ano 366 e que recebeu inicialmente o nome de Basílica de Santa Maria da Neve, mas que por causa do Papa Libério que a construiu, foi durante muito tempo chamada de Basílica Liberiana. Pouco menos de um século da construção da igreja, o Papa Sisto III mandou reconstruí-la nas dimensões atuais e, no ano 435, a dedicou solenemente à Virgem Maria, para recordar a celebração do Concílio de Éfeso, realizado em 431, ocasião em que o dogma da Maternidade Divina de Maria foi solenemente proclamado. Quando, a partir do século VI, foram nela depositadas as tábuas de uma antiga manjedoura, que a devoção popular acolheu como sendo a que serviu de berço ao Menino Jesus na gruta de Belém, essa basílica passou também a ser conhecida pelo nome de Basílica de Santa Maria do Presépio. Em 1586 a celebração litúrgica da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior foi incluída no calendário litúrgico. Ainda hoje, para lembrar a visão do Papa Libério e do patrício romano, o povo conserva o hábito de, no dia da festa da dedicação da Basílica, enfeitar o teto com flores alvas, da cor de neve. Hoje, na celebração da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, somos convidados, não a adorar Maria como uma deusa, que ela não é e nunca pretendeu ser, mas a venerá-la e dar-lhe o lugar que ela realmente merece, como Mãe de Deus e nossa Mãe. Maria é digna de todo nosso amor e agradecimento, pois embora a salvação nos tenha vindo exclusiva e gratuitamente pelas mãos de seu Filho, ela passou pelo seu “sim” generoso e livre, pelo seu corpo disponível para acolher o Verbo Encarnado, por sua adesão incondicional ao projeto de Deus.
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ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
05 DE AGOSTO |
DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SANTA MARIA MAIOR |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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