Santa Lídia nasceu em Tiatira, cidade da Ásia Menor, famosa pela existência de muitas tinturarias e de uma planta de nome rúbia da qual se extraía a púrpura. De Tiatira ela foi para Filipos, perto do mar Egeu, onde se instalou como comerciante e onde gozava de boa situação financeira, produzindo tinta e tingindo lãs e roupas para vender. Como Filipos era uma colônia romana, e as leis romanas proibiam a construção de sinagogas no perímetro urbano, os judeus de Filipos construíram um prédio nos arredores da cidade, perto das margens do rio, onde se reuniam aos sábados. Corria o ano 55 quando Paulo, que pretendia exercer sua missão na Macedônia, foi para Filipos. Lá chegando, ficou aguardando o sábado para encontrar-se na sinagoga com seus conterrâneos judeus. No sábado, dirigiu-se com seus companheiros para a margem do rio e lá encontraram algumas mulheres, e entre elas, Lídia. O Senhor abriu o coração de Lídia que aderiu à pregação de Paulo e pediu para ser batizada, sendo a primeira mulher a converter-se em terras da Europa. Tudo indica que além de ser uma pessoa de posses, Lídia exercia uma liderança muito forte na família, já que sua opção por Jesus e seu testemunho de vida foram suficientes para que seus familiares também se convertessem. Dócil à graça de Deus, Lídia colocou sua fé acima de seus interesses econômicos, acolhendo os missionários em sua casa, com muita alegria. Essa atitude de Lídia mostra uma opção incondicional à fé cristã, uma viva solidariedade aos missionários, além de muita coragem, vez que naquele tempo hospedar alguém significava garantir a proteção a essa pessoa. A casa de Lídia foi a primeira igreja em solo macedônio, hoje europeu. Graças a ela, logo outras pessoas passaram a fazer parte desse núcleo cristão. Certamente muito estimulado pelo mérito de Lídia, São Paulo escreveu aos filipenses uma carta repassada de muita ternura. Não há informações sobre culto prestado a Lídia, mas os sinais de sua santidade são mais do que visíveis. No ano 1586 seu nome foi introduzido na lista oficial dos santos da Igreja. No mundo de hoje, em que as grades substituem os jardins e os cães que vigiam as mansões são considerados os melhores amigos do homem, é gratificante encontrar pessoas como Lídia, que não hesitam em abrir as portas de sua casa e de seu coração e colocar à disposição reino de Deus tudo o que é e o que tem. Felizes os que hoje, como Lídia, reconhecem que “os bens são de um, mas são para todos”. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
03 DE AGOSTO |
SANTA LÍDIA |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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