Inocêncio I nasceu em Roma, Itália. Foi Papa e seu pontificado durou 16 anos. Governou a Igreja num período dificílimo, tendo presenciado a destruição de Roma, no ano 410, pelos bárbaros comandados por Alarico. Inocêncio bem que tentou evitar a destruição e, como gozava de grande prestígio entre os bárbaros, a pedido de Alarico, foi ao encontro do Imperador Honório, em Ravena, a fim de tentar um acordo. A tentativa não surtiu efeito e durante três dias, com exceção das igrejas que, em respeito ao Papa Inocêncio, foram poupadas, as tropas bárbaras de Alarico devastaram e saquearam a cidade de Roma. Inocêncio I trabalhou e ajudou muito na reconstrução da cidade, sem contudo deixar, em qualquer momento, de se preocupar com a situação da Igreja na África e no Oriente. Ele manteve um relacionamento cordial com todas as Igrejas particulares, comunicando-se com elas através de cartas. O cuidado para com as Igrejas é comprovado pelo grande número de cartas escritas, sendo que 36 delas constituem o núcleo das coleções canônicas, ou Cartas Encíclicas. Santo Inocêncio I interviu doutrinalmente em assuntos como liturgia do batismo, da reconciliação, da unção dos enfermos e da indissolubilidade do matrimônio, mesmo em casos de adultério. Foi durante o seu pontificado que surgiu a heresia pelagiana, doutrina herética que afirmava que os homens podiam alcançar a salvação pelo próprio esforço, dispensando totalmente a graça divina. Apesar de combater com muita firmeza essa heresia e de ser muito rigoroso na correção dos erros doutrinais, Santo Inocêncio tinha um coração extremamente aberto e acolhedor para todos, inclusive para os que a ele se opunham. Santo Inocêncio manifestou compreensão e interesse tanto pelos pequenos problemas que afligiam os ais simples, como pelos grandes dramas e problemas sociais. Morreu em Roma, no ano 417. Hoje, em nossa sociedade onde reina a corrupção, a impunidade, a ausência de ética e um profundo desrespeito pela pessoa humana, Santo Inocêncio, que soube conduzir com pulso seguro, coração aberto e generoso, a barca de Pedro, nos lembra que poder é serviço e quem o exerce, seja em maior ou menor escala, deve estar atento a todos os problemas e situações que afligem o povo. Tudo que se deseja de quem governa, seja uma pequena comunidade, seja uma grande nação, são idéias e projetos claros, mão firme, mas acima de tudo, um coração sensível, pronto para acolher com igual solicitude os anseios da comunidade e os suspiros dos pequeninos. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
28 DE JULHO |
SANTO INOCÊNCIO I |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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