São  Boaventura nasceu no ano 1221, na Itália, com o nome de João de Fidanza.  Discípulo fervoroso de São Francisco, entrou para a Ordem Franciscana aos 17 anos e, embora esta já se houvesse estabelecido em vários lugares da Europa, pelo trabalho que desenvolveu,  é considerado seu segundo fundador. Aos 22 anos foi para Paris estudar Teologia. Em 1247 começou a ensinar, revelando-se um professor sábio e piedoso. Foi Ministro Geral dos Frades Menores, quando tinha apenas 32 anos de idade e compôs uma síntese teológica com 11 volumes, baseada  nas idéias de Santo Agostinho e Platão. Em 1257 foi eleito Geral da Ordem, cargo que desempenhou até  1274. Como superior da Ordem foi austero e simples, suave e enérgico. Fez-se amar pela bondade, sem prejudicar a disciplina. Prudente e equilibrado, soube estimular os mais relaxados e abrandar os ânimos dos  mais afoitos, sem causar divisões na Ordem. Amante dos livros, nunca deixou de estudar, mesmo em meio às inúmeras viagens que fazia,  a pé ou a cavalo. Inimigo de todo rigor e excesso, foi um autêntico paladino da paz. Várias vezes recusou o convite para ser cardeal, mas como  prêmio pelo trabalho que  fez, promovendo a unidade da Igreja e harmonizando entre si os cardeais  reunidos no Conclave que elegeu  Gregório X, o Papa nomeou-o cardeal. Contam  que estava lavando os pratos no convento, quando chegou a delegação com a nomeação e o chapéu cardinalício. Sem interromper o trabalho, não por menosprezo ao cargo, mas por  importância ao trabalho que estava fazendo,  disse aos emissários: “Dependurem por aí esse chapéu, porque agora estou com as mãos ocupadas” São Boaventura recebeu de Gregório X o encargo de preparar o Concílio de Lião que aconteceu em 1274. Morreu neste ano, no dia 15 de julho. Seu enterro foi soleníssimo, com a participação do Papa e dos padres conciliares. Foi canonizado em 1428 e em 1587 foi declarado Doutor da Igreja.

Não é fácil construir a unidade e a paz num mundo onde a soberba  a prepotência  impedem que as pessoas se sentem em pé de igualdade ao redor de uma mesma mesa, onde é gritante a agressão aos direitos humanos e o desrespeito às  minorias. Hoje  São Boaventura, nos lembra que o caminho da unidade e da paz passa definitivamente pela conversão das consciências. Saber quem somos, refazer portanto nossa unidade interior, superar nosso individualismo, revisar nossos interesses para adequá-los à proposta do Evangelho e aos interesses do  Reino de Deus, é o começo do caminho para a unidade e a paz.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

15 DE JULHO

SÃO BOAVENTURA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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