São Camilo de Lélis nasceu em 1550, em Nápoles, Itália, filho de um nobre guerreiro. Perdeu os pais muito cedo e teve uma juventude bastante desregrada. Desejando seguir a carreira do pai fez-se soldado, mas foi expulso do exército por causa do vício do jogo. Numa das batalhas da qual participou, foi ferido, contraiu uns abcessos no pé e, para tratar-se, internou-se no Hospital São Tiago, pagando o tratamento com o trabalho de servente, cargo do qual foi despedido em virtude de seu temperamento zombeteiro e brigão. Alistou-se novamente no exército, desta vez para lutar contra os turcos. Ganhou algum dinheiro, mas não resistiu ao vício do jogo, perdeu todas as economias feitas e viu-se obrigado a mendigar. Foi então trabalhar, como pedreiro, na construção de um convento de capuchinhos e ali, ouvindo as pregações dos frades, começou a refletir sobre sua vida e resolveu dar a ela uma nova direção. Quis entrar na Congregação dos Capuchinhos, mas a antiga ferida voltou e ele foi obrigado a retomar o tratamento no hospital de São Tiago onde, depois de curado, trabalhou por quatro anos, sendo presença constante ao lado dos doentes, principalmente dos portadores de doenças mais repugnantes. Nessa época conheceu São Felipe Néri de quem se tornou grande amigo e que exerceu sobre ele uma benéfica influência. Angustiado com a situação dos doentes e com a insuficiência de hospitais e de profissionais da saúde, São Camilo fundou a Congregação dos Ministros dos Enfermos, conhecida como Ordem dos Camilianos, que foi aprovada pelo Papa, e que dava a seus membros o direito de pedirem esmolas, e confessarem os doentes nos hospitais. Dois anos após a fundação da Congregação, ele foi ordenado sacerdote. Dirigiu com muita firmeza seus religiosos e sete anos antes de morrer renunciou ao cargo de superior geral. Durante 30 anos dedicou sua vida aos enfermos. Morreu em 14 de julho de 1614 e foi canonizado em 1746. È o patrono dos doentes e dos hospitais. Hoje São Camilo Lélis, que no início de vida foi um inveterado jogador, nos faz duas propostas: a primeira é não gastar a vida jogando cartas na mesa, mas invés disso, jogar fora da mesa da vida as cartas viciadas do egoísmo que nos escravizam e nos impedem de viver uma vida de comunhão com Deus e com o irmão. A segunda é libertar-nos das úlceras da injustiça que magoam o corpo do irmão, das feridas do comodismo que ferem nossos pés e nos impedem de caminhar em direção aos que esperam de nós ajuda e alento. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
14 DE JULHO |
SÃO CAMILO DE LÉLIS |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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