Maria Teresa Goretti, ou simplesmente Maria Goretti, nasceu em 1890 em Corinaldo, Itália. Era filha de humildes agricultores e foi criada na roça. Seu pai morreu muito cedo, deixando-a órfã com apenas dez anos de idade. Maria Goretti começou a frequentar a escola, mas logo teve que renunciar aos estudos para cuidar dos quatro irmãos menores, já que sua mãe, dona Assunta, precisava trabalhar na lavoura para sustentar a família. Sempre que podia Maria Goretti corria até a longínqua igreja para aprender o catecismo, e assim, num domingo, aos 12 anos, ela fez sua primeira comunhão. Como era muita crescida para sua idade, logo chamou a atenção de Alexandre Serenelli, um irrequieto jovem de 18 anos cujas provocações foram energicamente desprezadas pela menina. Contudo Alexandre não desistiu. Na manhã do dia seis de julho de 1902, estando dona Assunta no trabalho e Maria Goretti, tomando conta da irmãzinha menor, Alexandre foi à sua casa e tentou seduzi-la. Após enérgicas rejeições por parte da jovem, não conseguindo possui-la à força, Alexandre agrediu-a e apunhalou-a com vários golpes. Ainda viva, Maria Goretti foi transportada para o hospital, porém morreu no dia seguinte, pronunciando palavras de perdão para o assassino: “Por amor de Jesus perdôo-o e quero que venha comigo para o paraíso”. Alexandre foi condenado a trabalhos forçados pelo crime cometido. Em 1910 ele disse ter tido uma visão da pequena mártir, converteu-se e mudou de vida. Depois de 27 anos de pena, obteve o perdão por boa conduta. Em 1936 os franciscanos capuchinhos o acolheram e com eles Alexandre ficou até morrer. Em 1950 Maria Goretti foi canonizada, na presença da mãe, dos irmãos e do assassino convertido. No mundo de hoje onde o corpo é visto por muitos apenas como objeto de cama e mesa, artigo de consumo, fonte de prazer sexual, a jovem Maria Goretti nos convida a meditar sobre a dignidade do nosso corpo. Ele não foi feito para ser vítima de estupro ou de prazer puramente carnal. Não foi criado para ser varado por balas, alimentado por agrotóxicos, ou vitimado pela fome. Nosso corpo foi criado para ser ombro para o irmão cansado, ouvido para escutar as queixas dos desalentados, mãos para servir aos que precisam, colo para acolher os tristes e desconsolados, templo do Deus vivo. Se Deus não apenas nos fez corpo, mas quis ter um corpo como o nosso, como não tratá-lo com o maior respeito e estima? |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
06 DE JULHO |
SANTA MARIA GORETTI |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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