São João e São Paulo viveram no século IV. Eram irmãos, pertenciam a uma ilustre família romana e faziam parte das legiões militares de Constantino. Passaram grande parte de suas vidas no Oriente, provavelmente em Constantinopla, e tudo faz crer que foi nessa ocasião que eles se converteram ao cristianismo e receberam o batismo. Foi também nesse tempo que travaram amizade íntima com Joviniano, que era capitão das Guardas Imperiais e sucessor de Julião, o Apóstata. Como prêmio pelo comportamento valoroso demonstrado ao longo das suas funções, os dois irmãos foram nomeados oficiais da guarda nobre do palácio. Com a morte dos filhos de Constantino e a subida de Julião ao trono, São João e São Paulo, que conheciam muito bem o gênio impiedoso do novo imperador, renunciaram aos cargos que ocupavam e voltaram para Roma onde possuíam uma casa no Monte Célio, passando a orientar suas vidas para a prática da oração e das obras de misericórdia, já que eram ricos e generosos. Irritado, Julião, que guardava secretamente a intenção de apropriar-se dos bens dos dois irmãos, exigiu que eles retornassem às antigas funções. Diante da recusa, o imperador enviou o chefe da Guarda Imperial, à casa deles, intimando-os a oferecerem sacrifícios a Júpiter. No dia 26 de junho do ano 362, passados os dias do prazo concedido para o cumprimento da ordem, como João e Paulo se recusassem a atendê-la, , foram degolados e sepultados secretamente na propriedade dos dois, tendo os carrascos cuidado de espalhar a notícia de que eles haviam sido desterrados por serem inimigos de Roma. Embora dados cronológicos sobre os dois irmãos nem sempre coincidam, documentos depois encontrados provam a veracidade dos fatos. Quando Julião morreu e Joviniano o sucedeu no trono, mandou procurar os corpos dos dois irmãos e sobre eles mandou construir uma igreja, que logo se converteu num santuário. Mais tarde São Leão Magno levantou em honra dos dois uma basílica e um mosteiro. O culto em honra de São João e São Paulo teve início a partir do século IV. No passado, João e Paulo, dois irmãos de sangue e de fé, que mesmo correndo o risco de perderem seus bens e suas vidas, não aceitaram fazer parte de uma corporação a serviço de um tirano injusto e cruel, nos incentiva a questionar as instituições e corporações que só visam o lucro, que legislam apenas em causa, que compactuam com a exploração e a discriminação, e cujas leis e normas não promovem, e até comprometem o bem comum. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
26 DE JUNHO |
SÃO JOÃO E SÃO PAULO |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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