São Paulino de Nola nasceu no ano  355, em Bordeaux, de uma família romana,  nobre e rica. Poeta  e escritor, dedicou-se ao estudo das letras e da política. Aos 20 anos, tornou-se herdeiro de uma vasta fortuna, mudou-se para Roma e entrou para o  Senado onde atuou com muito brilho. Em 378 foi nomeado cônsul e governador da Campânia. Durante uma viagem à Espanha, conheceu uma jovem virtuosa chamada Teresa com quem se casou e viveu um matrimônio verdadeiramente cristão. Nessa ocasião conheceu São Martinho de Tours  e passou a se corresponder intima e frequentemente com Santo Ambrósio de Milão, que foi para ele um pai espiritual. Após a morte prematura do único filho, Celso, de comum  acordo com a esposa, desfez-se das riquezas, distribuiu-as com os pobres e  foram para a Espanha onde passaram a viver uma vida de entrega total a Deus. Paulino de Nola era um homem  austero e  severo consigo mesmo porém  muito querido, tanto pela alta sociedade, como pelo povo simples,  que pediu ao bispo de Barcelona que o ordenasse sacerdote. Ele aceitou, com a condição de não fazer  parte do clero daquela região. Em 392,  recebeu a ordenação sacerdotal e, dois anos depois, foi  para Campânia, na Italia, onde construiu um santuário e uma  hospedaria para os pobres, reservando o primeiro andar para o mosteiro onde passou a viver, ao lado de Teresa e de alguns amigos que a eles se juntaram, dando início a uma experiência monástica muito praticada no Oriente naquele tempo. Em 409 foi eleito bispo de Nola. Como bispo, enfrentou tempos difíceis com Roma e  as cidades da Campânia, ameaçadas pela invasão dos vândalos, comandados por Genserico. Nesses tempos de turbulência, Paulino de Nola mostrou-se um verdadeiro pai, preocupado com o bem espiritual e material de todos. Morreu em 431, aos 76 anos de idade.

 Para o mundo de hoje que coloca sua segurança não em Deus, mas na caderneta de poupança;  onde os que ocupam postos de mando, não se sentem responsáveis pelo bem estar do povo; onde a injusta distribuição de renda é  uma das maiores responsáveis pela fome e miséria reinantes no mundo; onde os verbos  dar e partilhar não são quase conjugados, São Paulino de Nola nos oferece um pensamento  que ele recebeu de Santo Ambrósio, e que ecoaram  profundamente em seu coração, inspirando suas atitudes: "Não é teu bem que distribuis ao pobre. Devolves a ele apenas a parte que lhe pertence, porque usurpas para ti sozinho, aquilo que foi dado a todos, para uso de todos"

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

22 DE JUNHO

SÃO PAULINO DE NOLA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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