São Romualdo nasceu em Toscana, Itália e viveu no século X, início do século XI. De família nobre, filho  do Duque de Ravena, conheceu todas as tentações da Corte e teve uma juventude bem  pouco recomendável. Aos 20 anos de idade, impressionado com a morte de um parente morto em duelo por seu pai, converteu-se ao cristianismo. Entrou para o Mosteiro dos Monges Cistercienses, na célebre  Abadia de Santo Apolinário onde ficou por  três anos. Não satisfeito, porém, com o tipo de vida que aí se levava, obteve licença e foi para Veneza onde passou a viver uma vida solitária, sob a orientação de um eremita chamado Marino. Daí  ele foi  para os Pirineus, para o Convento de São Miguel de Cuxá, onde passou dez anos, voltando depois para a Itália. Em 1012, um homem chamado Máldolo lhe ofereceu um campo que, mais tarde, recebeu o nome de Campus Máldoli. Nesse local  ele construiu  cinco celas que, juntamente com as do Mosteiro de Fontebueno, levantadas dois anos mais tarde, deram origem à casa-mãe da nova Ordem Camaldulense que procurava conciliar contemplação e ação,  vida de solidão com vivência comunitária. São Romualdo gostava do silêncio e da oração, mas tinha os olhos fixos nos acontecimentos de seu tempo. Interessava-se   pelos problemas de sua época, como as missões na Boêmia e na Polônia, as peregrinações à Terra Santa, a reforma do clero e outros pontos de importância  para o mundo e para a Igreja. O imperador Oto III, que muito o admirava, escolheu-o pessoalmente para Superior da Abadia de e Santo Apolinário, cargo que ele aceitou por um ano. Fundo esse tempo, convencido que  a função de abade não se harmonizava com seu ideal de vida religiosa, renunciou a ele, arrependido por haver cedido ao que ele chamou de "tentação do prestígio". Apesar de haver restaurado e fundado mais de cem mosteiros, terminou sua vida terrena  longe deles, numa cela solitária, no dia 19 de junho de 1027.

Hoje, com São Romualdo,  o jovem nobre e rico, que abandonou os prazeres da Corte pela alegria de servir ao Reino, aprendemos que é plenamente  possível  conciliar  “a mística dos olhos fechados com a mística dos olhos abertos”. Amar o irmão por causa de Deus, e amar o Cristo Ressuscitado presente na comunidade e identificado com o povo sofredor e oprimido,  são faces de uma mesma moeda. É impossível haver  fé em Deus sem encontro com o irmão, assim como  encontro com o irmão sem  adesão incondicional a  Deus e  a seu Projeto.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

19 DE JUNHO

SÃO ROMUALDO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

SANTO DO DIA (voltar)