Iolanda, ou Helena, como é conhecida pelos poloneses, e cuja palavra de origem grega significa “floração de violeta”, era filha do rei Bela IV, da Hungria, homem muito piedoso e terceiro franciscano. Pertencente a uma família de santos, era irmã de Santa Cunegundes, sobrinha de Santa Isabel da Hungria, que também fazia parte da Ordem Terceira de São Francisco e era aparentada com Santa Margarida, rainha da Escócia. Ainda menina, Iolanda foi entregue aos cuidados de sua irmã Cunegundes que havia se casado com Boleslau, rei da Polônia, chamado de “O Casto”, por causa de sua vida marcada pela prática da pureza. Na Polônia, Iolanda casou-se com o Duque de Kalisz, um nobre polonês conhecido pelo nome de “O Pio” , em virtude de seu estilo de vida muito semelhante ao do rei, de quem aliás era parente. Santa Iolanda foi acolhida e amada pelos poloneses e amou a Polônia, como se fosse sua pátria. O reinado de Boleslau e Cunegundes não durou muito tempo. Primeiro morreu Boleslau, o rei, e pouco tempo depois o esposo de Iolanda que a deixou viúva com três filhas. Duas se casaram, e uma terceira ingressou no convento das clarissas, em Sandeck. Para esse convento mais tarde entraram Iolanda e sua irmã Cunegundes, a rainha viúva. Em 1292, Cunegundes faleceu e Iolanda, para fugir das invasões dos bárbaros, deixou o mosteiro de Sandeck e foi mais para o Ocidente, para o convento das clarissas de Gnienzo, que havia sido fundado por seu marido. Embora procurasse os trabalhos mais simples e buscasse sem cessar a virtude da humildade, nos últimos anos de sua vida viu-se obrigada a aceitar o cargo de Superiora das clarissas desse convento. Ai Iolanda permaneceu até o final de sua caminhada pela terra. Morreu em 1299. Seu culto foi aprovado pelo Papa Urbano VIII. Vivemos hoje numa sociedade onde não são poucas as pessoas oriundas de famílias de projeção social e econômica, que fazem questão de ostentar seus bens e títulos. Hoje Santa Iolanda, que nunca se apegou aos títulos e brasões, que em toda sua vida foi nobre no nome e nobre na alma, nos ensina que gesto de profunda nobreza cristã é pôr os títulos, o cargo, a posição social, o dinheiro, a inteligência, a serviço do Reino de Deus. Nossa missão não é vangloriar-nos dos bens que possuímos, mas, como Santa Iolanda, usá-los para fazer o bem. Se não passarmos do orgulho para a humildade, e da avareza para a partilha, será impossível a mudança das estruturas que fabricam as desigualdades entre as pessoas e as nações. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
14 DE JUNHO |
SANTA MARIA, MÃE DE DEUS |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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