Santo Efrém, celebrado no mundo todo, como a glória do cristianismo sírio, nasceu provavelmente no ano 306, em Nísibe, ao norte da Mesopotâmia. Tinha sete anos de idade quando Constantino proclamou o edito de Milão que concedeu liberdade de culto aos cristãos. Como seu pai, que era um sacerdote pagão, não via com bons olhos a formação cristã que ele recebia da piedosa mãe, que era católica, para evitar desavenças e discussões na família, ele saiu de casa aos 18 anos, após receber o batismo. Foi para Edessa onde passou a viver sozinho, à custa do próprio trabalho, como funcionário de um balneário público. Pouco depois ingressou num mosteiro, mas só aceitou o diaconato, por se considerar indigno de receber a veste sacerdotal. Em 338 Nísibe foi invadida e Santo Efrém voltou para ajudá-la. Mas quando ela caiu definitivamente sob o domínio persa, ele decidiu morar em Edessa, onde passou a dirigir uma escola. Homem austero, verdadeiro pedagogo e mestre da fé cristã, grande conhecedor e comentarista das Sagradas Escrituras, marcou posições firmes contra as heresias cristólógicas e trinitárias da sua época, através de escritos profundos e lúcidos. Exímio poeta, apelidado de “A Harpa do Espírito Santo” , fez da poesia um instrumento de anúncio da bondade e misericórdia de Deus. Assim que Santo Ambrósio em Milão, e São Diodoro em Antioquia, iniciaram o uso do canto religioso alternado nas igrejas, Santo Efrém compôs na sua própria língua, poesias próprias para os cantos coletivos nas igrejas. Por causa de seu caráter popular e de uma cuidadosa tradução em grego, língua aliás que Santo Efrém não dominava, esses cantos logo ultrapassaram as fronteiras de sua terra. Embora nunca tivesse visado glórias literárias, servia-se da poesia em suas homilias e sermões, para atrair as pessoas e anunciar as verdades cristãs. É chamado também de “O Poeta de Nossa Senhora”, porque muito ajudou a divulgar seu culto. Santo Efrém morreu no ano 373. Foi canonizado, e em 1920 foi declarado oficialmente Doutor da Igreja. Vivemos num mundo onde o ser humano acha tempo para cuidar da conta bancária e realizar negócios vantajosos, mas não encontra tempo para as coisas simples e belas, como apreciar a natureza, cantar a beleza da vida, visitar os amigos. Hoje Santo Efrém, que serviu-se da poesia para cantar as glórias de Deus e falar de sua bondade e misericórdia, nos convida a anunciar a novidade radical do Reino de Deus com firmeza e seriedade, mas também com otimismo, alegria e sensibilidade poética. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
08 DE JUNHO |
SANTO EFRÉM |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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