Hoje celebramos a festa da Visitação, isto é, o dia em que Maria, após ter recebido a visita do anjo Gabriel, foi apressadamente visitar sua prima Isabel que morava em Ain-Karin, na Judéia. Maria, levando  no ventre o Filho de Deus, vai à casa de Isabel, não movida por um simples dever, mas pela amizade e desejo gratuito de servir. Ao ouvir a sua saudação, João Batista pulou no ventre de Isabel e essa, repleta do Espírito Santo, reconhecendo naquela mulher, apesar de bem mais jovem que ela, a primazia do chamado de Deus,  jubilosamente exclamou:  “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor  venha me visitar? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre”.  É o encontro dessas duas mulheres e mães que celebramos hoje; é o encontro dessas duas representantes  do povo de Deus que  festejam alegremente a boa notícia do cumprimento das promessas de Deus e de seu Reino acontecendo na história.  A festa da Visitação é de  origem franciscana. A partir do ano 623, os frades franciscanos menores começaram a festejá-la no dia dois de julho, data provável do término da visita, já que tudo faz crer que Maria assistiu ao nascimento de João Batista   e ficou ainda algum tempo para participar do rito da imposição do nome. A data não foi colocada logo após o dia 25 de março, quando se celebra a Anunciação,  para não cair no tempo da Quaresma. Em 1389 o Papa Urbano VI estendeu a festa por toda a América Latina, a fim de pedir a intercessão de Nossa Senhora pela unidade dos cristãos que se encontravam divididos. Em 1441, após o Sínodo de Basiléia, a festa foi estendida até pelos estados que na ocasião apoiavam o antipapa. O atual calendário litúrgico não levou em consideração as datas cronológicas sugeridas pelos acontecimentos e fixou a festa da Visitação no último dia do mês de maio, como coroação do mês que a devoção popular consagra ao culto particular de Maria.

 Hoje e em qualquer tempo, é impossível celebrar  a festa da Visitação  sem falar no Magnificat, o canto entoado por Maria ao encontrar-se com a prima Isabel. Que hoje a Maria do Magnificat  nos ensine a sermos firmes na denúncia das situações dos pecados pessoais e estruturais que contaminam nossa sociedade, nos  empreste sua coragem para que possamos colocar-nos contra os sistemas de opressão que contrariam os ideais de fraternidade do Evangelho, e nos ajude a  fazer do Magnificat, esse canto revolucionário e misericordioso, o hino da defesa dos direitos humanos básicos, a partir do projeto de Deus.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

31 DE MAIO

VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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