SANTO DO DIA (voltar)

Santo Albino nasceu na região de Vannes, França, no ano 496. Jovem, de família nobre e rica, renunciou aos títulos e desfez-se de todos os seus bens,  para ingressar no Mosteiro de Tintillant. Apesar de procurar  esconder suas virtudes e qualidades humanas, terminava sempre por sobressair-se entre os demais e ser colocado em evidência. Eleito abade do Mosteiro de Tintillant, ocupou esse cargo durante 35 anos, quando,  já sexagenário, unicamente por obediência, aceitou  o cargo de bispo de Angers. Governou sua diocese com muita prudência, profundo zelo pastoral e muita firmeza. Nessa época, muitos senhores ricos, proprietários de terras e bens, movidos pela ganância e desejo de não repartir suas fortunas, costumavam tomar, por suas legítimas esposas,  suas irmãs e até suas próprias filhas. Santo Albino combateu com todas as forças esse costume incestuoso, e isso despertou contra ele uma tão grande animosidade que, por muito tempo, ele pensou que um dia morreria degolado, como aconteceu com São João Batista por se opor à união de Herodes com Herodíades, a esposa de seu próprio irmão. Os Concílios convocados por Santo Albino estabeleceram penas severas contra esses abusos e ajudaram a elevar, de modo geral,  o nível da moralidade pública. Apesar de contar com o apoio de alguns poucos contemporâneos, e entre esses do amigo São Cesário, as medidas tomadas por ele, como era de se esperar,  atraíram mais hostilidades que aplausos.  Santo Albino foi um verdadeiro pai e um irmão bondoso para com os humildes e injustiçados. Embora haja sido um dos santos mais populares da Idade Média, foi somente após sua morte, ocorrida  no dia  primeiro de março de 550, que ele teve seu trabalho reconhecido. Decorridos apenas seis  anos de sua partida da terra, sua fama de santidade já se havia espalhado de tal forma que, em Angers, uma igreja foi construída e dedicada a ele.

        Hoje, como no passado, os que questionam os costumes permissivos, a injustiça, a falta de ética e  tomam medidas a favor da moralização da sociedade, continuam atraindo mais hostilidades que aplausos. Mas, mesmo correndo o perigo de ter sua cabeça num prato como João Batista, ou ser desprezado e perseguido como Santo Albino, cada cristão  é convidado hoje não somente a denunciar os costumes que ferem a dignidade da pessoa humana e atentam contra a vida, mas a lutar  em favor de uma sociedade firmada nos imutáveis valores do Evangelho.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

01 DE MARÇO

SANTO ALBINO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO