Luísa de Marillac, filha de Luís de Marillac, um conselheiro do parlamento francês, nasceu em Auxvergne, França, em 1591. Aos 14 anos o pai morreu e ela foi entregue aos cuidados de uma jovem mulher que muitos acreditam ser sua mãe. A partir daí ela sofreu  muitas dificuldades, tendo inclusive de trabalhar para sobreviver.  Quis  entrar para a vida religiosa, mas os parentes paternos decidiram  casá-la com Antônio le Gras que parecia ter um futuro brilhante,  mas que sofria de uma doença que o vitimou 12 anos após o casamento. Luísa enfrentou apertos financeiros e passou por muitas dificuldades por causa da longa enfermidade do marido de quem cuidou com desvelo até o dia de sua morte. Ficou viúva aos 34 anos de idade. Ao conhecer São Vicente de Paulo, escolheu-o para  diretor espiritual e foi  com ele que ela aprendeu a expressar o amor através de gestos concretos. Quando Miguel, seu filho único, entrou para o Seminário, ela decidiu dar um novo rumo à sua vida. Com São Vicente de Paulo que já havia criado a Associação das Damas  da Caridade, formada por senhoras da sociedade, ela fundou a Congregação das Filhas da Caridade cujo carisma era o trabalho apostólico voltado para as comunidades. A Congregação foi  uma  grande novidade para a época, já que ao contrário das Congregações daquele tempo, cujas freiras e monjas viviam nas clausuras, as Filhas de  Caridade visitavam as comunidades, alfabetizando os camponeses, cuidando dos doentes e idosos, dos desvalidos,  abandonados e deficientes. O lema da nova Ordem era: “Por mosteiro, uma casa de doentes; por clausura, a obediência; por grade, o temor de Deus;  por claustro, as ruas da cidade e as salas dos hospitais”. Muito inteligente, a pedido de São Vicente escreveu  as regras da Congregação e por 35 anos  foi a principal colaboradora de São Vicente de Paulo. Sua simpatia e espiritualidade conseguiram atrair muitas pessoas para sua obra. Quando Luísa morreu, um pouco antes de São Vicente, em 15 de março de 1660, havia na França mais de 40 casas das Filhas de Caridade. Mais tarde essa obra chegou aos lugares mais distantes, inclusive ao Brasil. Foi canonizada em 1934. Ela é a  patrona dos assistentes socais.

Hoje Luísa de Marillac que  viveu com radicalidade, a página do evangelho que diz “tive fome e me destes de comer, sede e me destes de beber, nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes me ver”, nos convida não apenas a  aliviar o fardo que pesa sobre os ombros dos pobres, dos doentes e excluídos, mas a lutar por uma ordem social menos excludente, mais justa e mais humana.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

15 DE MARÇO

SANTA LUÍSA DE MARILLAC

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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