São João José da Cruz nasceu em 1654, na ilha de Ísquia, perto da cidade de Nápoles, Itália, com o nome de Carlos Caetano. Ansiando por uma vida de humildade e pobreza, ingressou ainda adolescente na Ordem dos Menores descalços de São Pedro de Alcântara. Foi a primeira pessoa a abraçar, na Itália, a regra dessa Ordem que havia sido trazida da Espanha. Decorridos três anos de sua profissão solene, ele foi escolhido para dirigir as obras de um convento da Ordem, em Alifas, na Campânia e, em obediência aos superiores, ordenou-se sacerdote. Quando o Papa Clemente XI separou a Ordem espanhola dos Menores Descalços da Ordem italiana, e para que esta última não se extinguisse, fundou um convento com as mesmas regras no reino de Nápoles, elegeu São João José da Cruz como superior. Este alegou que não tinha condições de exercer tão espinhosa missão, mas o Papa não aceitou a recusa. São João José da Cruz trabalhou muito e sofreu muitas perseguições, calúnias e afrontas para implantar a nova Ordem na Itália. Era um homem sagaz, sábio nos julgamentos, exigente consigo e extremamente despojado dos bens materiais. Como orientador espiritual, foi um verdadeiro mestre. Uma de suas principais características era a austeridade. Um leito duríssimo composto de dois pedaços de couro, uma túnica de lã, um crucifixo, uma imagem de Nossa Senhora e um breviário, era tudo o que possuía. Por 64 anos usou um grosseiro hábito e por 24 anos alimentou-se quase exclusivamente de pão e frutos silvestres. Vivia tão pobremente que ficou conhecido como o “novo Jó”. O povo, principalmente o mais pobre e necessitado a quem ele devotava muito carinho e socorria em suas necessidades, o venerava de tal modo que acabou cercando sua vida de lendas e milagres. São João José da Cruz morreu no dia cinco de março de 1734, em Nápoles, com os olhos voltados para uma imagem de Maria Santíssima. Foi beatificado por Pio VI e canonizado por Gregório XVI. Hoje vivemos numa sociedade em que o exemplo de São João José da Cruz não encontra muitos seguidores. Infelizmente, apesar de nada agradar tanto a Deus, como a pobreza que tem origem num coração solidário e fraterno, e nada desagradar mais que a miséria que tem raízes num coração egoísta, poucos são os que, como São João José da Cruz vivem a virtude da simplicidade e da partilha. O resultado está aí, à vista de todos: uma sociedade marcada por extremos: de um lado uma minoria vivendo nababescamente e do outro, uma maioria sobrevivendo miseravelmente. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
05 DE MARÇO |
SÃO JOSÉ DA CRUZ |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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