Daniel Brottier nasceu na França,  no dia 7 de setembro de 1876. Após se ter ordenado sacerdote, entrou para a Congregação do Espírito Santo, também conhecida como Congregação dos Padres Espiritianos. Em 1902 partiu  como missionário para o Senegal, na África.  Sete anos depois, em virtude de problemas de saúde, voltou  definitivamente para a França. Quando explodiu a primeira guerra mundial, ele se alistou como capelão militar e, por quatro anos, esteve na linha de frente, transportando feridos, confortando os moribundos e prestando assistência espiritual aos soldados franceses.  Em 1923, assumiu a direção da Casa dos órfãos Aprendizes de Auteil,  uma obra que prestava assistência a rapazes abandonados  e carentes, e foi a essa obra que seu nome ficou mais ligado.  No início eram apenas 175 jovens aprendizes, mas quando Daniel morreu, 13 anos mais tarde, o número já era de 1400 jovens. Para manter esse trabalho, ele fazia questão de dispensar toda ajuda humana, contando apenas com a ajuda da Divina Providência. Costumava dizer: “Se Deus quer a Obra, que lhe envie o dinheiro de que precisa”. E a ajuda nunca deixou de chegar. De personalidade forte, bondoso mas firme, humilde mas corajoso, São Daniel Brottier usou os meios mais criativos para realizar seus projetos, como por exemplo a Catedral-Monumento de Dakar e a União Nacional dos Antigos Combatentes. Conseguiu, como poucos,  harmonizar   oração e ação. Por  dentro foi  um monge, um contemplativo; por fora foi um homem de empresa. Mas, em tudo e em todos os momentos, foi uma pessoa de  Deus. Empreendedor, mas inteiramente  aberto à ação do  Espírito Santo, Daniel foi realmente um homem desse nosso tempo. Morreu no dia 28 de fevereiro de 1936 e em 25 de novembro de 1984 o Papa  João Paulo II o declarou santo.

       Hoje São Daniel Brottier, um homem de coração aberto para Deus, para as necessidades dos irmãos e as realidades do mundo, nos ensina que  se a fé exige de nós momentos fortes de oração, exige igualmente gestos concretos de solidariedade e caridade. São Mateus na parábola do Juizo Final revela que a principal medida do julgamento não é a fé, mas o amor. “Em verdade, vos digo, todas as vezes que fizestes a um destes meu irmãos menores, a mim o fizestes”.  Cristãos e não cristãos,  todos seremos julgados pelo bem que fizemos ou deixamos de fazer ao nosso próximo.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

28 DE FEVEREIRO

DANIEL BROTTIER

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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