São Porfírio nasceu em Tessalônica da Macedônia, no ano 353. Filho de uma família rica e nobre, seus pais lhe transmitiram uma sólida formação cristã. Aos 25 anos se retirou para o Egito onde, durante cinco anos, viveu uma vida de solidão e austeridade. Após uma visita aos lugares santos de Jerusalém, decidiu refugiar-se numa gruta próxima ao rio Jordão. O clima, a umidade e as chuvas lhe estragaram a saúde. Ele contraiu uma grave doença e viu-se obrigado a ir para Jerusalém em busca de tratamento. Aí se encontrou com um jovem muito piedoso de nome Marcos que se tornou seu amigo e fiel discípulo e que tempos depois escreveu sobre sua vida. Uma coisa, contudo, continuava afligindo São Porfírio: o fato de, ao sair de Tessalônica não ter distribuído com os pobres a grande herança deixada pelos pais. Encarregou, então, Marcos de ir àquela cidade a fim de vender todos os seus bens. Realizado o negócio, São Porfírio mandou distribuir todo o dinheiro adquirido com os pobres, nada guardando para si. Quando Marcos voltou, encontrou o amigo surpreendentemente recuperado da doença. Para garantir a própria sobrevivência, São Porfírio aprendeu o ofício de curtidor e ganhava a vida confeccionando sapatos, num curtume na cidade de Jerusalém. Após 40 anos nessa profissão, foi ordenado sacerdote pelo patriarca de Jerusalém e nomeado Bispo de Gaza. Como bispo, dedicou-se de modo particular à evangelização dos pagãos e à reforma dos costumes da época que não condiziam com a proposta do Orientes. São Porfírio era uma pessoa afável, generosa e paciente e exerceu grande influência política e religiosa em seu tempo. Ele faleceu no ano 420, consumido pelo peso do trabalho e em conseqüência das grandes penitências que fazia. Para o mundo de hoje onde a maioria das pessoas se aflige, não por não haver partilhado seus bens, mas por não ter bens em quantidade para guardar, e onde muitos querem justificar sua avareza, dizendo que sua dádiva não vai resolver o problema da pobreza e da injustiça no mundo, São Porfírio nos convida a uma reflexão: podemos até não resolver o problema da fome, da miséria e da desigualdade na terra, mas podemos solucionar o problema de alguns. Podemos até não transformar radicalmente a face do planeta, mas podemos mudar alguma coisa ao nosso redor. Podemos até não fazer todo mundo feliz, mas com certeza podemos ser e fazer outros mais felizes, se abrirmos as mãos para dividir e partilhar. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
26 DE FEVEREIRO |
SÃO PORFÍRIO |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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