Hoje festejamos a memória de dois santos com o nome de Valentim. Ambos viveram no século III. O primeiro era um sacerdote romano que foi preso no tempo do reinado de Glauco, o Gótico, e que, ao comparecer diante do Imperador, confessou abertamente a sua fé. Quando interrogado sobre o que pensava de Júpiter e Mercúrio, declarou que eles não passavam de personagens desprezíveis. Após essa declaração, ele foi enviado a um magistrado de nome Astério cuja filha adotiva era cega. Por seu intermédio Deus a curou, ela se converteu à fé cristã, e com ela toda sua família. Ao ter conhecimento do fato, o Imperador ordenou que Valentim fosse açoitado e a seguir decapitado na Via Flamínia. Esses fatos aconteceram entre os anos 268 e 270. No século IV, o Papa Júlio I construiu uma igreja em sua honra que foi restaurada no século VII pelo Papa  Honório, tornando-se depois um centro de peregrinação muito freqüentado.

        O outro São Valentim foi bispo de Térni, em Úmbria, Itália. Informado sobre as virtudes e milagres realizados por esse santo, um filósofo romano de nome Crato pediu-lhe que fosse a Roma, a  fim de curar o filho atacado de uma doença incurável. O bispo aceitou o convite, intercedeu a Deus, o doente ficou curado, e Crato, com sua  família, além de três discípulos, abraçaram o cristianismo. O fato despertou a ira de Abúndio, o governador romano que ordenou a morte do filósofo. Quanto a São Valentim, foi decapitado, seu corpo foi levado por alguns atenienses convertidos para Térni onde é honrado, como patrono da cidade. Como sua devoção é muito popular nos países saxônicos e sua festa acontece na época em que os pássaros começam a fazer seus ninhos, isto é, na época em que “a natureza desperta para o amor”, os ingleses o tomaram como protetor dos noivos e celebram no seu dia, o Dia dos Namorados.

         Hoje vivemos numa sociedade equivocada onde as mesmas  pessoas que, com muita  firmeza  defendem  a água, o ar, as espécies de plantas e animais em extinção, fecham os olhos ao aborto, à eutanásia, à pena de morte. Em nossa sociedade incoerente e desequilibrada, São Valentim de Roma e São Valentim de Térni, dois santos que viveram em épocas diferentes, mas estão unidos pelo mesmo nome e mesma fé, pela adesão radical à proposta do Reino e pelo martírio, nos dizem que no dicionário dos seguidores de Jesus, ambigüidade e incoerência são palavras que não podem existir.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

13 DE FEVEREIRO

SÃO VALENTIM

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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