Santa Eulália nasceu na Espanha, no fim do século II e sofreu o martírio no ano 304, aos 14 anos de idade, durante a perseguição do Imperador Maximiano.  Desde menina mostrou sinais evidentes de que o único objetivo de sua vida era agradar a Deus. Seus pais, querendo resguardá-la da perseguição romana, resolveram escondê-la em casa de uma família amiga, longe da cidade. Todos os cuidados, contudo, foram inúteis. Tão logo pôde, Eulália, tomada de ardente desejo de oferecer a Deus a sua vida, iludiu a vigilância dos parentes e amigos e voltou à cidade onde, após uma dolorosa viagem, apresentou-se diante do Juiz, acusando-o de idólatra. O magistrado, admirado de tanta coragem numa pessoa tão jovem, entregou-a aos soldados para ser castigada. Movido, porém, por um forte sentimento de humanidade, procurou conquistar a simpatia de Eulália e lhe deu uma oportunidade de se salvar, propondo-lhe que prestasse culto aos deuses romanos. Eulália recusou-se e foi condenada a terríveis suplícios. Pontas agudas de ferro dilaceraram suas carnes, seu corpo foi queimado com ferro em brasa e depois lançado às chamas. Suas últimas palavras antes de morrer, foram: “Agora Senhor, vejo no meu corpo, os traços da vossa paixão”. Ela sofreu o martírio e morreu em Mérida, no ano 304. Seu corpo está sepultado na igreja de Mérida onde, no início do século V, foi construída uma magnífica basílica em sua honra. O culto a Santa Eulália é muito popular na Espanha e na França. São Gregório de Tours conta que, no adro da igreja de Mérida, havia três árvores que, no dia da festa de Santa Eulália, se cobriam de flores aromáticas. Quando usadas e  aplicadas nos doentes, curavam-nos de suas enfermidades.

      No mundo de hoje as pessoas não são obrigadas a adorar ídolos, como no tempo de Santa Eulália, porque elas o fazem de livre e espontânea vontade. Dinheiro, prestígio, sexo, poder são alguns dos ídolos desse nosso tempo e que  fazem mais estragos do que as pontas de ferro e os ferros em brasa, porque não dilaceram apenas o corpo, mas sobretudo o espírito.   Hoje Santa Eulália nos lembra que não precisamos esperar o dia de sua festa para ver o mundo florido e perfumado, como o adro da igreja de Mérida.   Se dissermos ‘não’ aos falsos ídolos, se adorarmos o Deus único e verdadeiro, se nos comprometermos com seu projeto, que é de vida para todos, se plantarmos sementes de justiça, com certeza, as flores da fraternidade e da paz brotarão, perfumarão e curarão o mundo.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

12 DE FEVEREIRO

SANTA EULÁLIA DE BARCELONA

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

SANTO DO DIA (voltar)