São Sulpício Severo nasceu em Agen, França,  lá pelo  ano 353. Aos 55 anos, separou-se da família, abandonou  tudo, inclusive a brilhante profissão de advogado, para dedicar-se inteiramente a Deus. Muitos não o compreenderam, mas Bássula, sua sogra, o apoiou e  o compreendeu tão bem, que lhe doou uma pequena propriedade onde ele  pudesse viver de acordo com a sua vocação. Sulpício passou nesse lugar o resto de sua vida, compondo obras, correspondendo-se assiduamente com São Paulino de Nola, São Jerônimo e outras personagens célebres. A biografia feita por seu mestre e amigo, São Martinho, é o único documento histórico que temos sobre esse santo,  que foi apelidado de o  “convertedor da Gália” e a quem foram atribuídos muitos prodígios e milagres. Há sérias dúvidas quanto à data de sua morte.

São Constâncio foi um jovem cristão, notável pelo espírito de mortificação e penitência e pelo grande amor aos pobres.  Aos 30 anos, foi chamado para assumir a Igreja de  Perúgia, na Itália, função que desempenhou com fidelidade. Foi um pastor zeloso e cumpridor de suas deveres. Por se ter recusado a prestar culto aos ídolos romanos, o então imperador de Roma, Marco Aurélio, mandou prendê-lo e encerrá-lo em s termas que foram aquecidas  até a temperatura mais alta. São Constâncio enfrentou esse suplício com serenidade, e o fato  da alta temperatura não lhe ocasionar qualquer mal, deixou perplexos os guardas que  o soltaram  e lhe pediram que os instruísse na fé cristã. O fato irritou as autoridades romanas que o chamaram uma segunda vez, acusaram-no de  haver pervertido os guardas e o condenaram  a andar sobre carvão em brasa. Nenhum suplício, porém, o fez renegar sua fé em Jesus. Liberto  milagrosamente, foi preso pela terceira vez e finalmente decapitado,  por volta do ano 178.

A vida de São Sulpício Severo que teve a coragem de despojar-se de tudo para no estudo e na oração viver mais profunda e intimamente a experiência de Deus, e a de São Constâncio que fez a experiência de Deus em situação de perseguição e  grande dor, nos ajudam a entender que Deus não nos deu  bens e dons para serem guardados, mas partilhados. Riqueza e vida quando não divididas,  terminam por se tornar um fardo sobre nossos ombros.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

29 DE JANEIRO

SÃO SUPLÍCIO SEVERO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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