A festa da Conversão de São Paulo surgiu no século VI e é própria da Igreja Latina. São Paulo nasceu em Tarso, capital da Cilícia, por volta do ano 10 da era cristã, com o nome de Saulo. Era judeu, da tribo de Benjamin e também cidadão romano,  porque a cidade de Tarso, por sua adesão nas lutas civis em favor dos imperadores  Júlio César e depois  Augusto, havia sido elevada à categoria de município de Roma. Fez os primeiros estudos em Tarso onde aprendeu as ciências gregas. Depois foi para Jerusalém onde freqüentou a escola de Gamaliel, aprendendo com ele as leis e costumes judeus. No início se destacou  como perseguidor furioso e implacável dos cristãos, tendo inclusive sido conivente com o assassinato do primeiro mártir da era cristã, Santo Estêvão. Sua conversão ocorreu, quando ele se dirigia a Damasco, com a incumbência de prender todos os cristãos que encontrasse. Achava-se já perto da cidade, quando  uma luz intensa o ofuscou, em pleno meio dia. Caído do cavalo, prostrado em terra, sentindo-se  profundamente envolvido pelo amor de Cristo, fez aquela pergunta tão conhecida de todos nós: “Senhor, que queres que eu faça?”.  A partir desse fato, sua vida mudou de rumo. Reconheceu suas culpas, mas não ficou se remoendo em remorsos. Ao contrário, confiou e entregou-se  plenamente à  misericórdia do Senhor. Da experiência vivida na estrada de Damasco, tirou uma consoladora conclusão: “Jesus veio para salvar os pecadores dos quais eu sou o primeiro, e é exatamente por isso que alcancei misericórdia”. De  feroz perseguidor de Cristo e de sua Igreja, tornou-se  seu incondicional apóstolo. Para anunciar o Evangelho de Jesus,  Paulo viajou por todo o mundo conhecido de então, pregando de modo especial aos pagãos. Por isso  ficou conhecido como o apóstolo dos gentios. Através do Livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas e das  14 cartas ou epístolas que ele mesmo escreveu às comunidades de seu tempo, é que sabemos muito a seu respeito. São Paulo é considerado uma das principais colunas do cristianismo.

Hoje, como no passado, há na vida de cada um de nós, uma estrada que leva a Damasco. Lá Deus nos espera e nos chama. Cabe a nós  decidir se  fechamos os ouvidos à sua voz ou se abrimos para ele nossos ouvidos e nosso coração e damos um  novo direcionamento às nossas vidas.  De uma coisa podemos ter certeza: por mais frágeis que sejamos, por mais pecados que tenhamos,  nunca é tarde para responder como São Paulo: “Senhor, que queres que eu faça?”

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

25 DE JANEIRO

CONVERSÃO DE SÃO PAULO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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