São Raimundo de Peñafort nasceu entre os anos 1175 e 1180, no Castelo de Peñafort, Espanha. Muito cedo dedicou-se aos estudos e o fez com tanto afinco e seriedade que aos 20 anos já ensinava filosofia em Barcelona e era um mestre cobiçado por muitas escolas. Aos 35 foi para estudar Direito, na Universidade de Bolonha onde depois foi professor. Era de tal modo desprendido das coisas materiais que o salário recebido era logo distribuído com os indigentes. Chamado pelo bispo de Barcelona, para lá se dirigiu, a fim de redigir as Constituições da Ordem Mercedária. Quando os dominicanos, já dele conhecidos em Bolonha, chegaram a Barcelona, Raimundo entrou para a Ordem Dominicana. Foi um colaborador eficiente do Papa Gregório IX, e o seu trabalho em Roma alcançou proporções universais. Apesar de conselheiro de reis e de pessoas poderosas, nunca deixou que o cargo lhe subisse à cabeça e, sempre que necessário, reprovava o procedimento dos que assim agiam. Era um grande idealista, mas ao mesmo tempo uma pessoa muito prática. Interessava-se pela vida dos judeus e muçulmanos e com muitos deles mantinha amizade. Fundou uma escola onde os missionários que se preparavam para trabalhar junto aos mouros e judeus, estudavam línguas orientais, além do Alcorão e do Talmude. Totalmente avesso a honrarias, quando o Papa lhe comunicou a intenção de nomeá-lo arcebispo, caiu gravemente enfermo. Mas as honrarias parece que o perseguiam, e anos mais tarde ele se viu obrigado a aceitar o cargo de Mestre Geral da Ordem Dominicana. Como verdadeiro peregrino, levou dois anos, visitando conventos e prestando serviços por onde passava. Por fim, ao reunir em Bolonha o Capítulo Geral, conseguiu demitir-se do cargo. Pôde então, aos 70 anos, voltar a ensinar e a prestar mais assistência espiritual às pessoas. São Raimundo de Peñafort foi chamado o Príncipe dos Canonistas, por ter sido um dos primeiros a escrever obras no gênero do Direito Canônico. Morreu aos 95 anos. Foi canonizado em 1601. Hoje São Raimundo de Peñafort, uma pessoa totalmente desapegada das honrarias e bens materiais, um homem sem preconceitos de raça ou religião, capaz de conviver com o poder temporal sem ser subserviente a ele, nos convida a uma vida de simplicidade e despojamento, a acolher a todos sem qualquer discriminação, e a não ter medo de proclamar a verdade do Evangelho, mesmo que isso desagrade os que estão no poder e dele se prevalecem em benefício próprio. |
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA BRASIL |
São Pedro |
Paróquia de |
07 DE JANEIRO |
SÃO RAIMUNDO DE PEÑAFORT |
FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO |
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