Hoje celebramos a Festa da Epifania do Senhor. A palavra Epifania é de origem grega e significa manifestação ou aparição.  Epifania, festa popularmente conhecida como Festa dos Reis Magos,  é na verdade a  celebração da manifestação, isto é, da revelação  de Deus aos homens na pessoa de seu Filho Jesus. De acordo com a tradição, foram três os reis magos que visitaram Jesus na gruta de Belém, logo após seu nascimento. Embora seus nomes não sejam mencionados na Bíblia, a tradição os batizou pelos nomes de Gaspar que significa “aquele que vai inspecionar”,  Melquior que quer dizer “meu rei é luz” e  Baltazar que se traduz por “Deus manifesta o rei”. Com certeza não eram reis, pois se fossem Mateus teria dito, e teriam sido recebidos como tais por Herodes. A partir do século IV, para adaptar o acontecimento à profecia do salmo 71, eles passaram a ser conhecidos como reis. Provavelmente eram naturais da Arábia, lugar célebre pelo incenso, mirra, e também pelo ouro. Tudo indica que eram pagãos, estudiosos dos fenômenos celestes, homens que sabiam alguma coisa a respeito da religião judaica, mas que acima de tudo praticavam a justiça e buscavam a verdade, e por  isso mesmo tiveram ouvidos para ouvir a voz de Deus que soava em seus corações e coragem para seguir o caminho indicado pela estrela. A intenção dos evangelistas ao mostrar os magos vindos do Oriente para adorar Jesus, é bem clara: ensinar  que Jesus veio não apenas para o povo de Israel, mas para todos os povos e nações do mundo. A Igreja vê na oferenda do ouro o símbolo da realeza de Jesus, na oferenda do incenso, a sua divindade e na mirra, a sua humanidade. A religiosidade portuguesa misturou os fatos bíblicos com os festejos populares e até hoje, aqui no Brasil,  se comemora a  Festa dos Reis Magos,  com ternos e reisado folclórico.

Hoje, tal como Gaspar, Melquior e Baltazar,  somos chamados a acolher a mensagem da estrela,  sair de nós mesmos, renunciar ao conforto de nossas certezas e verdades e, tal como os magos, partir ao encontro daquele, que é nossa  única certeza e nossa única verdade: o  Menino de Belém. Hoje entretanto,  embora o caminho seja igualmente difícil, não precisamos viajar tão longe para encontrá-lo.   A manjedoura está ao nosso alcance. Onde existe alguém que está sofrendo, onde existe alguém para quem as portas estão  fechadas, onde existe alguém que está sendo vítima do egoísmo humano, aí está a Gruta, aí está o Menino de Belém, aí está Deus  se manifestando.  

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

06 DE JANEIRO

EPIFANIA DO SENHOR—SANTOS REIS

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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