Santa Genoveva, uma das santas mais populares da França e padroeira da cidade de Paris, nasceu no ano 422, em Nanterre, pequena localidade perto de Paris. Ainda muito jovem foi consagrada a Deus por São Germano de Auxerre  que viajava pela Europa, com a finalidade de combater a heresia pelagiana que afirmava poderem os homens alcançar a salvação pelo próprio esforço, sem necessidade da graça divina. Quando tinha mais ou menos 20 anos de idade Genoveva começou a  fazer parte de um grupo de jovens consagradas que viviam em suas próprias casas. Ela cumpria os deveres religiosos, alimentava-se frugalmente, jejuava constantemente, dedicando-se inteiramente à oração, à penitência e às obras de caridade. Aos 30 anos, já  mais amadurecida, voltou-se com grande intensidade para as  questões políticas e  problemas sociais de seu tempo. Por ocasião da ameaça de invasão de Átila, Rei dos Hunos, foi  ela quem convenceu os parisienses a confiarem na proteção divina e a permanecerem em Paris. Por causa dessa sua atitude esteve  a ponto de ser linchada pelos covardes e medrosos que queriam abandonar a cidade. Passada a ameaça dos bárbaros, veio a guerra, e com ela as doenças, a fome e a carestia. Nessa ocasião Genoveva se entregou de corpo e alma à tarefa de ajudar a população. À frente de um grupo, ela percorria as ruas do rio Sena em busca de alimentos, regressando quase sempre com os barcos cheios de cereais que distribuía com a população faminta. Sua caridade sem limites  fez com que fosse venerada até pelos pagãos. Contam que o pai  do rei Clóvis a considerava tanto que nunca lhe recusava qualquer pedido, e que ela se valia dessa amizade para beneficiar   os pobres e obter anistia para presos políticos. Todos admitem que Genoveva muito contribuiu para a conversão de Clóvis. Ela morreu por volta do ano  502. No lugar de seu túmulo foi construída uma basílica. Santa Genoveva é invocada por ocasião das grandes calamidades  e para obter chuva.

Hoje Santa Genoveva nos aponta para uma vida de oração, de penitência e de intimidade com Deus, mas também nos fala da necessidade de estarmos atentos às questões  culturais, políticas e sociais de nosso tempo, porque fé e vida são companheiras de uma mesma caminhada. Tal como Santa Genoveva,  precisamos manter  os olhos abertos e  os ouvidos atentos para ver e ouvir os apelos que chegam ao nosso coração, através do clamor dos pobres que esperam de nós,  o pão do trigo e o pão da justiça.

ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

BRASIL

São  Pedro

Paróquia de

03 DE JANEIRO

FONTE: LIVRO SANTIDADE ONTEM E HOJE, POR ZÉLIA VIANNA, PUBLICADO PELA PARÓQUIA DE SÃO PEDRO

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SANTA GENOVEVA